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Mãe de bebê estuprada e morta será julgada por linchamento em Jutaí


O julgamento da mãe de Lailla Vitória, bebê de apenas um ano e sete meses que foi estuprada e morta em setembro do ano passado, será iniciado nesta segunda-feira (7), no município de Jutaí, no interior do Amazonas. Vitória Assis Nogueira, mãe da criança, está presa há oito meses no Complexo Penitenciário Feminino de Manaus e é acusada de ter incitado o linchamento de Gregório Patrício da Silva, suspeito de cometer o crime contra sua filha.

Vitória é uma das 16 pessoas que irão a júri popular, acusadas de homicídio qualificado pela morte do acusado. O episódio aconteceu nas imediações da 56ª Delegacia Interativa de Polícia de Jutaí, no dia 19 de setembro de 2024, após a população descobrir o crime brutal contra a criança.

A prisão da mãe tem gerado grande comoção e revolta. “Esse processo é vergonhoso do ponto de vista moral. Um estranho estuprou e matou uma criança inocente. A mãe está presa de forma covarde e vil. Ela jamais incentivou qualquer ato de violência”, afirma o advogado de defesa, Vilson Benayon.

De acordo com a defesa, Vitória sofre uma penalidade dupla: a perda violenta da filha e agora a privação de liberdade, acusada injustamente de um crime que, segundo ela, não cometeu. “Ela perdeu o que tinha de mais precioso. E agora vive acorrentada por uma acusação sem base”, reforça o advogado.

O julgamento da mãe de criança morta em Jutaí reacende o debate sobre os limites da Justiça e a sensibilidade do sistema diante de casos de comoção popular. Nas redes sociais, o caso voltou a ganhar força, com manifestações em defesa da liberdade da mãe.

Entenda o caso

O suspeito Gregório Patrício da Silva foi linchado por populares logo após a confirmação da morte de Lailla. O Ministério Público do Amazonas aponta que 16 pessoas participaram da ação, entre elas Vitória. Todos foram denunciados por homicídio qualificado e agora respondem em juízo.

A expectativa é de que o julgamento se estenda por mais de um dia, dada a complexidade do caso e o número de réus.

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