Telessaúde ajuda a reduzir filas para atendimento no interior do Amazonas

O avanço da telessaúde no Amazonas tem mudado a realidade do atendimento médico no interior do estado, onde o acesso a especialistas sempre foi um desafio. Com a implantação de telessalas e a oferta de consultas remotas, municípios antes isolados têm conseguido encurtar drasticamente as filas para atendimento no interior.

Em cidades como Tefé, Parintins, Lábrea e Manacapuru, o tempo médio de espera por uma consulta que chegava a ultrapassar três meses agora caiu para menos de 20 dias. A redução é ainda mais expressiva em áreas como dermatologia, psiquiatria e nutrição, refletindo uma nova lógica de acesso à saúde: menos deslocamento, mais agilidade.

Interior mais próximo dos especialistas

A expansão do sistema digital tem permitido que moradores de localidades distantes sejam atendidos por especialistas de Manaus sem sair de seus municípios. Atualmente, mais de 20 telessalas estão em operação no interior, conectando pacientes e médicos por meio de plataformas seguras de videochamada e emissão digital de laudos e exames, como eletrocardiogramas e eletroencefalogramas.

O impacto é direto na ponta. Pacientes que aguardavam meses por um atendimento com endocrinologista ou neurologista agora têm a consulta realizada com mais rapidez, o que acelera diagnósticos e tratamentos. A ampliação da cobertura inclui ainda comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas, que passaram a contar com atendimento via aplicativo de celular.

Menos filas, mais atendimento

Com a digitalização, o número de atendimentos aumentou em todas as regiões. Somente em especialidades como psicologia pediátrica, nutrição e cardiologia, o crescimento ultrapassou os 20% em um ano. O modelo tem funcionado como uma ponte entre as deficiências históricas da rede física e a necessidade de resposta imediata aos moradores do interior.

A saúde mais próxima de quem precisa

Com todos os 62 municípios do estado já conectados ao sistema digital, a telessaúde se consolida como ferramenta estratégica para reduzir filas para atendimento no interior e garantir acesso digno a quem mais precisa. A meta agora é ampliar o número de especialidades e consolidar a adesão da população ao atendimento remoto.